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Aquilo que nós somos no profundo de nós mesmos determina aquilo que passamos a vida a fazer. Mas todo o esforço do mundo nos garante que realizamos aquilo que tanto nos esforçamos
por alcançar. Garante, de facto, uma vida estimulante.
Todos os esforços que eu envido para tornar o meu mundo melhor podem não mudar absolutamente nada durante a minha vida, mas podem possibilitar que outra pessoa o faça mais tarde.
O centro do nosso coração está na maior determinação de desejar contentar a Deus em tudo, procurando não O ofender. Para a mística Santa Teresa de Jesus “estes são os sinais do amor”. Devemos ter sempre alguma coisa a perseguir que valha esse esforço. Caso contrário, não há razão para viver. No entanto, nunca devemos ter tantas coisas em vista que se torne impossível alcançá-las. Caso contrário, não há razão para tentar.
Na realidade, o que conta não é que porção da minha vida terei de gastar para alcançar determinadas coisas, mas se valerá realmente a pena gastá-la, para começar. Aquilo que nós pagamos por determinada coisa, em termos da nossa própria vida, deve valer uma vida.
A verdade, a bondade e a beleza, dizem-nos os filósofos, são as coisas mais valiosas da vida. Por essas coisas, devemos estar dispostos a pagar qualquer preço.
Além disso, recorda-nos o místico João da Cruz que no “entardecer da vida, seremos julgados apenas pelo amor”.
Gastar a nossa vida naquilo que é essencial, essa sim, é a medida da nossa grandeza.

Marco Caldas, OCD

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